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exposição "máscaras africanas"



Os objectos da arte negra não são feitos para serem «contemplados» mas possuem sempre uma função concreta. Em África, tanto os objectos de uso quotidiano (tigelas, banquinhos, tantãs) ou para cerimónias especiais (estátuas de antepassados, feitiços, máscaras) como as obras de arte têm sempre uma utilidade prática. As máscaras, por exemplo, utilizadas nas danças e nas cerimónias públicas, constituem um laço entre o mundo humano e o divino; são esculpidas para serem «exibidas» em determinadas circunstâncias da vida social e religiosa.

As máscaras têm muito préstimo e são consideradas as obras com maior valor entre todas as obras de arte negra; contêm em si o poder do homem ou das divindades que representam e é por meio delas que este poder se torna presente e transmite aos homens que as usam. Portanto, têm um significado totalmente diferente das máscaras ocidentais.

As máscaras africanas não têm nada a ver com o Carnaval ou com o divertimento; são feitas para circunstâncias muito especiais como as danças da fecundidade, os ritos de iniciação, os funerais, etc. Fora destas ocasiões, as elas perdem todo o seu significado e valor; são cuidadosamente guardadas até nova ocasião para serem usadas.

fonte: joão albanese

colecção: miguel moreira e silva,
(http://www.mmsilva.110mb.com)

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